-
A Educação Feminina: diálogo entre Christine de Pizan, Mary Wollstonecraft e Jane Austen||Female Education: dialogues among Christine de Pizan, Mary Wollstonecraft and Jane Austen
- Voltar
Metadados
Descrição
Christine de Pizan foi uma mulher intelectual na Idade Média, uma exceção, se considerarmos que a educação era um campo dos homens para os homens. Sua obra A Cidade das Damas (1405) traz a utopia da construção de uma cidade na qual as mulheres estariam livres da misoginia dos homens. Observamos que para construir a cidade, a autora é auxiliada por três damas alegóricas, sendo a Razão a primeira delas. No final do século XVIII, Mary Wollstonecraft publica A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792), demonstrando que a mulher, assim como o homem, é dotada de razão e por isso tem o direito a ter educação de qualidade. No início do século XIX Jane Austen publica Orgulho e preconceito (1813), romance cuja protagonista é um ícone de razão e inteligência. Isso posto, o presente artigo busca identificar a razão nos escritos das três autoras que reivindicam para seu sexo a nobreza de pensar e decidir por si mesmas, como sujeito racional, em um mundo patriarcal que as consideravam objeto do desejo masculino. Nos auxiliam nesse diálogo as teóricas Virginia Woolf, Simone de Beauvoir, Gerda Lerner, Silvia Federici, Sandra Vasconcelos, Luciana Calado Deplagne, Lucimara Leite, dentre outras.||Christine de Pizan was an intellectual woman in the Middle Ages, an exception if we consider that education was a field of men for men. Her work The City of Ladies (1405) presents the utopia of building a city in which women would be free from men's misogyny. We observe that to build the city, the author is helped by three allegorical ladies, Reason being the first of them. At the end of the 18th century, Mary Wollstonecraft published A Vindication of the Rights of Woman (1792), demonstrating that women, like men, are endowed with reason and therefore have the right to quality education. At the beginning of the 19th century, Jane Austen published Pride and Prejudice (1813), a novel whose protagonist is an icon of reason and intelligence. That said, this article seeks to identify the reason in the writings of the three authors who claim for their sex the nobility of thinking and deciding for themselves as rational subjects in a patriarchal world that considered them objects of male desire. The theorists Virginia Woolf, Simone de Beauvoir, Gerda Lerner, Silvia Federici, Sandra Vasconcelos, Luciana Calado Deplagne, Lucimara Leite, among others, help us in this dialogue.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Galeno, Maria do Carmo Balbino
Data
14 de junho de 2024
Formato
Identificador
https://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/219203 | 10.11606/issn.1984-1124.i38p%p
Idioma
Direitos autorais
Fonte
Revista Criação & Crítica; No 38 (2024): Escritoras Críticas; 60-83 | Revista Criação & Crítica; n. 38 (2024): Escritoras Críticas; 60-83 | Revista Criação & Crítica; No. 38 (2024): Escritoras Críticas; 60-83 | Revista Criação & Crítica; Núm. 38 (2024): Escritoras Críticas; 60-83 | 1984-1124
Assuntos
educação | razão | Christine de Pizan | Mary Wollstonecraft | Jane Austen | education | reason | Christine de Pizan | Mary Wollstonecraft | Jane Austen
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Avaliado pelos pares