Descrição
Resumo: faz-se, neste texto, um estudo da obra Kalahari, de Luis Serguilha, onde se configura a impotência da palavra em face da irrepresentatividade irreversível do real, fator que se instaura nos interstícios da nossa indisfarável inessencialidade diante da inquietante indiferença do universo em relação ao mundo humano. Segue-se, aqui, a orientação criadora que vem da gênese da poiesis, que foi concebida pelo homem como um texto ritualístico empenhado em pôr em cena o drama cósmico de sua orfandade, fator que o atrai e o chama na melodia envolvente da música das esferas.
Palavras-chave: Kalahari. Poética labiríntica. Criação transgressiva.