Descrição
Esse é um texto que esboça, na deriva e provisoriedade do gesto ensaístico, modos de pensar as existências lésbicas no cinema para além de uma compreensão da problemática da in/visibilidade como algo restrito ao olhar, à representação ou representatividade. Buscamos acentuar o desejo lésbico naquilo que ativa outros sentidos na paisagem audiovisual, que chamamos de bodyland, e que diz respeito às dinâmicas entre o corpo da personagem lésbica, o corpo do filme e o corpo da espectadora. Um espaço sensível, político e háptico que experimentamos, nesse texto, a partir de uma perspectiva ex-ótica da imagem em movimento, tateando algumas obras recentes à procura de outros sentidos muitas vezes metaforizados e intensificados pelas formas fluidas da água e do fogo. Nesse artigo, trataremos especificamente das dinâmicas da água para pensar o desejo lésbico no cinema.