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Histórias de amor, the censored book by José Cardoso Pires||Histórias de amor, o livro censurado de José Cardoso Pires
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Metadados
Descrição
The alienation and violence so often manifested in José Cardoso Pires’ narrative appear associated with an environment of suffocation, motivated by a social structure that constantly threatens freedom, dignity and, in many cases, the lives of human beings. It is true that the Portuguese are beings full of history. There have always been those who lived in the shadow of Power, among various inquisitions, whose eyes – a thousand – always included bureaucrats on duty, putting at risk the freedom and rights of men, in a state of exception, this “point of imbalance between public law and private fact”, according to Giorgio Agamben (State of exception, 2004, p. 11), tending “increasingly to present itself as a dominant government paradigm in contemporary politics.” Two books of short narratives come to the public when neorealism is in full force, at a time when the Salazarist Estado Novo exercises its power of repression and censorship – Os Caminheiros (1949) and Histórias de Amor (1952) – the latter taken out of circulation by censorship on August 26 of the same year of its publication. With the publication of the volume Jogos de Azar, in 1963, stories from the two books were made public. In 2008, ten years after the death of its author, the second edition of Histórias de amor would be released, including the previously censored excerpts. It is with this book that I intend to pay homage to the author of O Delfim, twenty-five years after his death.||A alienação e a violência que tantas vezes se manifestam na narrativa de José Cardoso Pires surgem associadas a um ambiente de asfixia, motivado por uma estrutura social que ameaça constantemente a liberdade, a dignidade e, em muitos casos, a vida de seres humanos. É certo que os portugueses são seres carregados de História. Sempre houve quem vivesse à sombra do Poder, entre inquisições várias, cujos olhos – mil – sempre contaram com burocratas de plantão, pondo em risco a liberdade e o direito dos homens, em estado de exceção, esse “ponto de desequilíbrio entre direito público e fato privado”, segundo Giorgio Agambem (Estado de exceção, 2004, p. 11), tendendo “cada vez mais a se apresentar como paradigma de governo dominante na política contemporânea.” Dois livros de narrativas breves vêm a público em plena vigência do neorrealismo, no momento em que o Estado Novo salazarista exerce o seu poder de repressão e de Censura – Os Caminheiros (1949) e Histórias de Amor (1952) – este tirado de circulação pela censura em 26 de agosto do mesmo ano de sua publicação. Com a publicação do volume Jogos de Azar, em 1963, vêm a público contos dos dois livros. Em 2008, dez anos depois da morte de seu autor, sairia a segunda edição das Histórias de amor, em que se incluem os trechos censurados. É com este livro que pretendo homenagear o autor d’ O Delfim, vinte e cinco anos depois de sua morte.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Ruas, Luci
Data
6 de março de 2024
Formato
Identificador
https://periodicos.fclar.unesp.br/itinerarios/article/view/18660 | 10.58943/irl.v1i57.18660
Idioma
Direitos autorais
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Fonte
ITINERÁRIOS – Revue de Littérature; No 57 (2023): AFETOS, DIÁLOGOS E RESILIÊNCIAS: A literatura portuguesa e as literaturas de língua portuguesa no mundo pós-pandemia | ITINERÁRIOS – Revista de Literatura; n. 57 (2023): AFETOS, DIÁLOGOS E RESILIÊNCIAS: A literatura portuguesa e as literaturas de língua portuguesa no mundo pós-pandemia | 0103-815X | 10.58943/irl.v1i57
Assuntos
Portuguese literature | José Cardoso Pires | Short narratives | Censorship | Neorealism, | Literatura portuguesa | José Cardoso Pires | Narrativa breve | Censura | Neorrealismo
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion