Descrição
As produções do site americano de streaming Netflix têm se popularizado nos últimos anos. O serviço tem incentivado práticas de consumo mais intenso de ficção seriada, como o binge-watching, ao mesmo tempo que utiliza discursos de distinção para se promover como um novo modelo produtor de conteúdo televisivo. Tendo isso em mente, esse artigo busca explorar essas diferenças partindo da análise de quatro variáveis: modelo econômico, formatos, narrativas e espectatorialidade. Argumentamos que embora certos elementos narrativos das séries da Netflix rompam com os padrões clássicos da televisão americana, ainda encontramos indícios de que o serviço segue sendo determinado por lógicas tradicionalmente associadas à economia política da televisão.