Descrição
A luta e resistência popular pela terra é um marco na historicidade da sociedade brasileira. Pensar o campo é vislumbrar na sua contextura ações populares e dos movimentos sociais que lutaram pela terra, pelo direito social e político de pertencimento ao território rural. O objetivo geral deste trabalho é refletir sobre a luta pela terra e as resistências dos povos do campo no cordel, pelo viés dos direitos humanos na perspectiva de educar o jovem do campo sobre a memória histórica deste espaço social. Nossa proposta é mostrar que é possível educar a juventude do campo, através dos cordéis, estes vistos como espaço de educar que ao serem utilizados na educação escolar, como conteúdo de aprendizagem desenvolvem discussões sobre a educação do campo, tendo como eixos norteadores a memória e escrita do campo contidas nos folhetos. O cordel, como constituinte de uma memória social nordestina e brasileira, traz marcas de produções de poetas populares, que nos textos poéticos, elaboraram suas visões do campo e compuseram uma escrita sobre o trajeto de homens e mulheres e a epopeia de suas experiências em comuns. Educar os jovens do campo a partir da memória e história dos povos do campo na escrita dos cordéis possibilita o diálogo de saberes e valores construídos no conhecimento vivencial dos poetas populares, é ensinar uma história, cuja narrativa se torna importante no aprendizado da juventude, educando pela valorização social, cultural e política com enfoque nos direitos humanos. PALAVRAS-CHAVE: Juventude, Cordel, Memória, Educação do Campo, Direitos humanos