Descrição
O presente artigo reflete sobre uma disciplina que se encarrega de pensar o ser do Teatro, abordando-o desde a Filosofia com o concurso da Ontologia que investiga os entes emergentes do fenômeno teatral e fomenta uma Base Epistemológica da concepção que orienta tais acontecimentos. Além disso, observa-se a relação e as mútuas implicações ocorridas entre essas duas áreas do saber. Para tanto, recorre-se a Krasner e Saltz, pelas intersecções que realizam entre Teatro e Filosofia; a Deleuze, em razão da sua concepção do pensamento filosófico em constante interação com a arte; a Jorge Dubatti, segundo a argumentação que realiza para justificar a criação da referida disciplina; a Bakhtin e Caballero, pela noção de liminaridade, como movimento de trânsito entre estados, paisagens conceituais, etc.; a Pareyson e sua compreensão de estética e poética; a Heidegger, cuja ontologia dedica-se ao entendimento do ente e do ser, que são aplicados ao Teatro; e Badiou, para tratar das aproximações possíveis entre Filosofia e Arte, especialmente, o Teatro. Por fim, chega-se às estruturas recorrentes que constituem a definição genética de Teatro.