Descrição
John Locke viveu em uma época em que o capitalismo, ainda que de forma incipiente, se estruturava e com o olhar acurado já era possível observar os rumos pelos quais a sociedade iria trilhar nos séculos posteriores. A burguesia se fortalecia vigorosa e o consistente e o contínuo comércio internacional movimentava a Inglaterra e os homens de seu tempo. Para o empirista inglês, ao nascer, o homem é como uma tábula rasa, uma folha de papel em branco que somente a partir da experiência sensível pode-se lhe imprimir na mente todo o conhecimento do mundo. Nesse sentido o homem é partícipe ativo de suas construções, tanto no campo do conhecimento como da ação política. É ele o responsável por suas escolhas e por seu destino, no modelo liberal de sociedade elaborado por Locke. Para além da formação do homem industrioso proposta por Locke é necessário formar para a convivência, para a ética, a justiça e o bem, superando a esfera do imediato, do supérfluo, do lucro, do que é venal, numa concepção crítica da existência que considere o ser, a essência, a verdade, a virtude, enfim, os valores perenes da existência individual e coletiva.