Descrição
O colonialismo ainda norteia nossas práticas pedagógico-musicais. Alguns movimentos ten-tam caminhar pelas estradas tortuosas e estreitas da decolonialidade, na tentativa de ouvir vozes e sons que, constantemente, são suprimidos. Neste ensaio, procuramos problematizar currículos da/na educação musical escolar, partindo do entendimento de que as tessituras curriculares são vivas e em trânsito, os currículos são práticaspolíticas tecidas no cotidiano vivido por uma comunidade que ro-deia os prédios, em um movimento permanente dentrofora das escolas. Como potência viva, buscamos entender os currículos cotidianos como linhas de fuga à oficialidade. Em nossa discussão, trazemos à tona uma dessas linhas, que é a música queer. A partir da ferramenta epistemológico-sonora enviades-cer, proposta pela arti(vi)sta Linn da Quebrada, nosso debate visa pensar possibilidades e caminhos para uma educação musical comprometida com as diferenças, que busque uma justiça curricular.