Descrição
No presente artigo, examino como a identidade nacional dialoga com outras identidades, considerando o exemplo dos militantes comunistas de Porto Alegre na metade da década de 1940 e orientada pelas perguntas: como o “ser comunista” se relaciona com o “ser brasileiro”? Haveria uma sobreposição de identidades? Nesse caso, qual viria em primeiro lugar? Assim, busco as representações que os referidos militantes elaboraram de si, enquanto comunistas e brasileiros, refletindo acerca da possível valorização de uma dessas maneiras de ser. O leitor verá que a forma desses agentes serem brasileiros acontecia por meio da imposição de uma “grade” de conceitos tipicamente marxista-leninista, revelando um estilo próprio de imaginar a nação e os assuntos a ela correlatos e demonstrando o quanto pode ser heterogêneo o modo como um grupo se identifica com seu país.
