Descrição
Esse artigo tem como objetivo compreender de que modo se dá a mistura de elementos distintos na incorporação que a cantora Baby do Brasil faz de linguagens e práticas da música gospel em seus shows ao retornar à música secular – assim chamada pela maioria dos que são evangélicos no Brasil – interpretando canções de sua carreira com os Novos Baianos e da fase solo, em um processo intercultural. Com base nos conceitos de dialogismo, de Mikhail Bakhtin, e de semiosfera, de Iuri M. Lotman, a pesquisa sugere que uma série de fatores encontrados ao redor do universo da cantora ou na própria história de vida da artista, textos externos e subtextos, permitem a mescla que Baby do Brasil faz de ambientes culturais desde muito separados pelos muros da doutrina evangélica e do mercado musical.