Descrição
Considerando as novas tendências estéticas que vêm tomando força e provocando mudanças formais nas representações artísticas dos últimos anos resultantes, sobretudo, de um momento dito pós-moderno, este trabalho pretende discutir sobre as questões relativas à construção e representação do espaço no filme Dogville (Lars Von Trier, 2003). Levanta-se aqui a hipótese de que em Dogville a versatilidade do seu espaço fílmico/cênico – não obedecendo apenas aos princípios, códigos e convenções fílmicos, mas repensando-os em articulações com aqueles do teatro – o torna “híbrido” e constrói uma proposta de “teatralização fílmica”, baseada em uma nova estética que reconfigura a noção de verossimilhança tão cara à reprodução fotográfica.