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Never were heroes! The dispute over the imposition of meanings around the use of violence in the Brazilian dictatorship, through a reading of Orvil Project||Nunca foram heróis! A disputa pela imposição de significados em torno do emprego da violência na ditadura brasileira, por meio de uma leitura do Projeto ORVIL
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Metadados
Descrição
This paper covers the process of creation, implementation, and dissemination of Project ORVIL, from the perspective of one of its main performers; the then Lieutenant Colonel “N2”. The project was thought in early 1984, and proposed the establishment of a "History Writing" that shifted from the perspective that was being used by left-wing militants about torture in Brazil, mainly from the Amnesty, and disseminated through interviews and an extensive memorial bibliography. Permeated by the speeches concerning to memory and disputes held around their imposition, this paper looks from the individual perspective and how this construction was transplanted to an institutional setting. We seek to a) understand how a given military group, markedly ultra-conservatives, saw the scenario of the military coup and the implementation of repression; b) realize what strategies were and still are used to tell and reminds us that past, and finally; c) identify which factors have the capability to intervene in this construction, both from a endogenous perspective, in terms of institution, as in a exogenous perspective.||Este texto aborda o processo de criação, execução e divulgação do Projeto ORVIL, a partir da perspectiva de um de seus principais executores: o então tenente-coronel “N2”. O projeto foi pensado ainda no início de 1984, e propunha a elaboração de uma “Escrita da História” que deslocasse o discurso que vinha sendo produzido pelos militantes de esquerda acerca da tortura no Brasil, principalmente a partir da Anistia, e divulgado por meio de entrevistas e de uma extensa bibliografia memorialística. Permeado pelo discurso relativo à memória e às disputas realizadas em torno de sua imposição, o texto analisa, a partir da perspectiva individual, como esta construção se traduziu em um cenário institucional. Procuramos a) compreender como um determinado grupo de militares, marcadamente ultra-conservadores, se concebiam no cenário do golpe militar e de implementação da repressão; b) perceber quais estratégias foram e ainda são utilizadas para contar e rememorar esse passado e, por fim; c) identificar quais fatores possuem capacidade de intervir nesta construção, tanto da perspectiva endógena, em termos de instituição, quanto exógena.
ISSN
1983-201X
Periódico
Colaboradores
FAPEMIG
Abrangência
História do Brasil | 1964-2011
Autor
Brandão, Priscila Carlos | Leite, Isabel Cristina
Data
11 de julho de 2012
Formato
Identificador
https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/28623 | 10.22456/1983-201X.28623
Idioma
Editor
Relação
https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/28623/24264 | /*ref*/ACHUGAR, Hugo.” El lugar de la memoria, a propósito de monumentos.” In: JELIN, Elizabeth y LANGLAND, Victoria (comps). Monumentos, memoriales y marcas territoriales. Madrid: Siglo Veintiuno de España Editores y Siglo Veintiuno de Argentina Editores, 2003. AGUERO, Felipe; HERSHBERG, Eric (comps.). Memorias militares sobre La repression em El Cono Sur:visiones em disputa em dictadura y deocracia Madrid: Siglo XXI, 2005. ANTUNES, Priscila C. Brandão. SNI e ABIN: uma leitura dos serviços secretos brasileiros ao longo do século XX. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2002. ARGOLO, José A., RIBEIRO, Kátia e FORTUNATO, Luiz Alberto. A direita explosiva no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Mauad, 1996. DANIEL. Herbert. Passagem para o próximo sonho. Rio de Janeiro: CODECRI, 1982. D’ARAÚJO, Maria Celina; SOARES, Glaucio; CASTRO, Celso. Os anos de chumbo: a memória militar sobre a repressão. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994 FIGUEIREDO, Lucas. Olho por olho. Os livros proibidos da ditadura. São Paulo: Record, 2009. GABEIRA, Fernando. O que é isso companheiro? Rio de Janeiro: CODECRI, 1979. HUYSSEN, Andreas. Resistência à memória: os usos e abusos do esquecimento público. In: BRAGANÇA, Anibal; MOREIRA, Sônia. Comunicação, acontecimento e memória. São Paulo: INTERCOM, 2004. JELIN, Elizabeth. Las luchas por la memoria: hacia un programa de investigación comparative. Trabajo preparado para su discusión en el seminario sobre el programa Memoria colectiva y represión: Perspectivas comparativas sobre el proceso de democratización en el Cono Sur de América Latina. Organizado por el SSRC, Montevideo, 16-17 de noviembre de 1998. JELIN, Elizabeth; CATELA, Ludmila (comps). Los archivos de la repression: Documentos, memoria y verdad. Madrid: Siglo XXI, 2002. JELIN, Elizabeth. Introdución. In: JELIN, Elizabeth. Comemoraciones: las disputas en las fechas in-felices. Madrid. Siglo XXI. 2002. JELIN, Elizabeth; KAUFMAN, Susana. Los niveles de la memoria. Entrepasados. Año X. n.20. 2001 LEITE, Isabel. Comandos de Libertação Nacional. Oposição armada à ditadura militar em Minas Gerais. Dissertação. UFMG, 2009. MOTTA, Rodrigo Pato. Em guarda contra o perigo vermelho. São Paulo: Perspectiva, 2002. NORA, Pierre. “Les lieux de Memoire”. In: La Republique. Paris: Gallimard, 1984. REIS FILHO Daniel; SÁ, Jair. Imagens da revolução Rio de Janeiro: Marco Zero, 1985. REIS FILHO, Daniel. Ditadura militar, esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. SIRKIS, Alfredo. Os carbonários. Global: São Paulo, 1981. TAPAJÓS, Renato. Em câmara lenta. São Paulo: Alfa-Ômega, 1977.
Fonte
Anos 90; v. 19, n. 35 (2012): Dossiê Ditaduras de Segurança Nacional no Cone Sul; 299-327 | Anos 90; v. 19, n. 35 (2012): Dossiê Ditaduras de Segurança Nacional no Cone Sul; 299-327 | 1983-201X | 0104-236X
Assuntos
ORVIL; Information services; Torture; Memory; Brazilian dictatorship; Secret services | História | ORVIL; Serviços de informações; Tortura; Memória; Ditadura brasileira; Serviços secretos | ORVIL;Revisão do Passado; Memória
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | História Oral, Anáilise de Documentos