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The Political Culture of Workers During the First Vargas Administration||A cultura política dos trabalhadores no primeiro governo Vargas
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Metadados
Descrição
It still a widely held thesis that under the first Vargas administration workers fell victim to ideas that were foreign to the practices of their class that, seduced by paternalism, manipulation, and populism, this group failed to identify its true interests. Using the concept of culture to analyse statements made by workers at that time, the article aims to avoid misinterpreting worker support of, and acquiesence to, the Vargas administration as signs of generalized conformism. While recognizing the material and symbolic gains brought by the vargas government, workers were not passive toward dominant ideas. Living in dire poverty, common people listened to the official discourse and reinterpreted and reshaped the dominant symbology to their own advantage, in consonance with their immediate living conditions and their cultural parameters. In the absense of any better alternatives, workers accepted the doctrineire principles of the Vargas State, without this necessarily reflecting passivity or conformism. They accepted these principles but created a counter-argument that relied on the logic of the dominant discourse, with the goal of progressing within a socio-economic situation where opportunities were highly limited.||Há uma tese fortemente disseminada de que, no primeiro governo Vargas, os trabalhadores foram vítimas de idéias estrangeiras à sua prática de classe e que, seduzidos pelo paternalismo, pela manipulação e pelo populismo, eles falharam em identificar seus reais e verdadeiros interesses. O autor analisa os enunciados discursivos produzidos pelos trabalhadores da época a partir do conceito de cultura. Desse modo, ele se esforça em não confundir o apoio e o consentimento ao governo Vargas como sinais de um conformismo generalizado. Mesmo reconhecendo os ganhos materiais e simbólicos trazidos pelo governo Vargas, os trabalhadores não se mostravam passivos diante das idéias dominantes. Vivendo em um estado de extrema pobreza, as pessoas comuns ouviam o discurso oficial e reinterpretavam e reelaborabam a simbologia dominante em função de seus interesses, em consonância com suas condições imediatas de existência e seus parâmetros culturais. Na falta de melhores alternativas, os trabalhadores aceitavam os princípios doutrinários do estado varguista, sem que isso necessariamente refletisse passividade ou conformismo. Eles aceitaram esses princípios, mas recriaram contra-argumentos a partir da própria lógica do discurso dominante, a fim de progredir um contexto socio-econômico onde as oportunidades eram muito restritas.
ISSN
0103-2186
Periódico
Autor
Ferreira, Jorge
Data
30 de dezembro de 1990
Formato
Idioma
Editor
Fonte
Revista Estudos Históricos; Vol. 3 No. 6 (1990): Culture and People; 180-195 | Revista Estudos Históricos; v. 3 n. 6 (1990): Cultura e Povo; 180-195 | 2178-1494 | 0103-2186
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion