Descrição
Este artigo pretende, a partir do relato de um episódio ocorrido numa viagem ao Peru, efetuar reflexões sobre o fato de as culturas lerem o mundo de forma diferente; de o discurso só fazer sentido, por referência ao lastro cultural que o sustenta; de o confronto cultural ser uma maneira de a cultura ser trazida à consciência; de a crise ser um evento para o aprendizado de convívio com o diferente; e de os choques culturais, mais do que permitirem o aprendizado da tolerância, terem levado os homens à intransigência e à agressividade. Para a condução da discussão, tomamos como dado empírico o evento citado e um enunciado produzido por um dos docentes excursionistas que participaram do passeio ao lago Titicaca e à aldeia dos aimaras.