Descrição
Este artigo analisa duas obras do Visconde de Taunay – o capítulo V do romance A mocidade de Trajano (1871) e a comédia Por um triz coronel! (1880) – com o objetivo de demonstrar que o registro da memória dos partidos políticos brasileiros durante o período imperial foi realizado ficcionalmente sob o viés cômico e que tal opção importou em determinadas conseqüências para a sua visão do período histórico considerado. O que depreendo da análise é uma visão impiedosa das práticas políticas imperiais brasileiras que não descarta qualquer possibilidade de pôr a nu mesmo o que, na aparência, se apresentava de forma sublime e elevada.