Descrição
Entre luz e sombra, ângulos e enquadramentos, o cinema “ajuda a olhar” revelando sua potência (trans)formadora. Entre imagens e sons; na alteridade a que nos convoca, o cinema interpela a educação em sua força educativa. Se aprendemos a olhar, se o “olho” é um produto da história, é sempre possível olhar de outro modo, por outros ângulos e planos, e aí está o cinema. Aí está a genuína contribuição da arte cinematográfica à formação de professores. Colocando em suspeição até mesmo as imagens que direcionam nossas miradas, os ruídos, os nossos enquadramentos, o cinema interpela o olhar dos educadores e as imagens neles contidas, provocando deslocamentos. Mas qual cinema levar á escola? Por que o cinema e qual cinema pode expandir a formação ética e a experiência estética dos professores, dando formosura e grandeza à educação dos educadores? Estas inquietações e proposições estão contidos neste artigo, que pretende contribuir para o debate sobre o cinema na formação de professores. Uma discussão necessária e urgente, sobretudo neste ano de 2014 no qual, por determinação de lei, o cinema nacional adentra os currículos da Educação Básica no Brasil.