Descrição
À luz é dado o caráter de representar a razão. É ela o que guia as almas perdidas dos marinheiros à deriva. Luz é antagônica à sombra. Sombra, então, é sinônimo da falta da razão. Para Jung (1991), sombra é para onde enviamos todas as partes do nosso ser que não seriam socialmente aceitas. Partes que não podem ser trazidas à luz do dia. Um sábio é dito como um ser iluminado. Este trabalho, busca lidar questões latentes às ações sombrias das personagens Bertha Mason (segundo Brontë e Rhys), refletindo a possível busca constante da personagem por criar/reproduzir luz, e Camila, refletindo sua possível busca constante por liberdade. Para tanto, retomaremos questões da construção do sujeito racional e do sujeito feminino. Pretendemos, neste artigo, fazer a aproximação entre as personagens a partir de duas categorias (casamento e morte, a busca por luz) que são recorrentes em suas narrativas. PALAVRAS-CHAVE: intertextualidade; loucura; casamento; Bertha Mason; Manhã Transfigurada.