Descrição
Este artigo analisa os usos dos termos primitivo e primitivismo em diversos textos de Antonio Candido, dos anos 1950 aos anos 1980, em sua relação com os povos indígenas do Brasil. Nesses textos, os termos assumem um caráter polissêmico e instável que será comentado, apresentando reflexões teóricas sobre seu significado para o pensamento do ocidente e para a compreensão da arte moderna. O artigo busca, dessa forma, explicitar pressupostos teóricos e ideológicos que estruturam a obra do crítico e sua concepção ampla da cultura brasileira, em sua relação histórica com os povos indígenas do Brasil.||This paper analyses the uses of the terms primitive and primitivism in several texts written by the Brazilian critic Antonio Candido from the 1950s to the 1980s, and their relation with the indigenous peoples of Brazil. In these texts, the terms assume a polysemic and unstable character, which will be commented on, presenting theoretical reflections about their meaning for Western thought and the understanding of modern art. The article seeks, in this way, to make explicit some of the ideological and theoretical assumptions that structure the critic’s work and his broad conception of Brazilian culture, in its historical relationship with the indigenous peoples of Brazil.||Este artículo analiza los usos de los términos primitivo y primitivismo en varios textos de Antonio Candido, desde la década de 1950 hasta la década de 1980, en su relación con los pueblos indígenas de Brasil. En estos textos, los términos asumen un carácter polisémico e inestable que será comentado, presentando reflexiones teóricas sobre su significado para el pensamiento occidental y para la comprensión del arte moderno. El artículo busca, de esta manera, hacer explícitos supuestos teóricos e ideológicos que estructuran el trabajo del crítico y su amplia concepción de la cultura brasileña, en su relación histórica con los pueblos indígenas de Brasil.