Descrição
O movimento de feminização no jornalismo brasileiro acentuou-se após a segunda metade do século XX, impulsionado pelo processo de profissionalização − sobretudo com a implementação de cursos de graduação e obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão −, bem como pelas instabilidades do mercado profissional e das relações de trabalho. Esse movimento caracterizou-se de forma desigual nas ocupações de funções, cargos, remuneração, nos segmentos do mercado e em regiões geográficas. Esta reflexão analisa a participação das mulheres no jornalismo regional e suas assimetrias nas redações do Amapá. Aplicou-se survey online, durante o mês de maio de 2017. O estudo apontou relações desiguais de trabalho entre os gêneros com relação a salário, funções, qualificação profissional e tratamento tanto pela chefia quanto pelos pares. A maior parte das respondentes informou sofrer assédios moral e sexual.||The feminization movement in Brazilian journalism has been accentuated after the second half of the twentieth century, driven by the professionalization process – especially with the implementation of undergraduate and compulsory degrees in the practice of the profession – as well as by the instability of the professional market and work relations. This movement was unequally characterized in occupations of functions, positions and remuneration in the market segments in journalism and geographic regions. This reflection analyzes the participation of women in regional journalism and its asymmetries in Amapá’s newsrooms. The method used was the online survey modality during the month of May 2017. The study pointed to unequal work relations between the genders in relation to salary, functions, professional qualification and treatment by both heads and pairs. Most of the respondents reported suffering moral and sexual harassment in their work environment.