Descrição
Busca-se neste artigo perceber as oscilações entre uma continuidade automática dos processos fotográficos e as possibilidades de “retorno ao manual” – suspensões momentâneas do próprio automatismo fotográfico. Para esta análise, utiliza-se como guia a antropologia dos modernos de Bruno Latour, por meio da qual desenvolve-se a noção de automatismo fotográfico enquanto um cruzamento entre os modos de existência da técnica e do hábito. Apresentamos tais práticas por meio do relato de sete pessoas acostumadas a utilizar o smartphone para fotografar, demonstrando como elas, além de suspenderem momentaneamente o automatismo do aparelho, possibilitam novos direcionamentos para as mediações em torno dos processos fotográficos.||In this article, we aim to understand the oscillations between an automatic continuity of the processes regarding photography and the possibilities of “manual restart” – momentary suspensions of the photographic automatism. As a guide, Bruno Latour’s anthropology of the moderns is used, through which we develop the notion of photographic automatism as a crossing between the ways of technique existence and habit. Those practices are demonstrated through the narrative of seven people accustomed to use the smartphone to photograph, demonstrating how, in addition to momentary suspend the photographic automatism, they make new mediations possible to the photographic processes.