Descrição
Este artigo é resultante da sessão de debate virtual de mesmo título apresentada no evento científico Rumos da Pesquisa em Artes Cênicas em Tempos de Crise II: organizar a vida – viver na arte, organizado pelo Grupo de Pesquisa em Artes Cênicas da UNESPAR/CNPq com o objetivo de analisar e repensar a produção artística em situação pandêmica. Contando com a valiosa contribuição da iluminadora, professora e pesquisadora Cibele Forjaz e do professor e pesquisador Luiz Fernando Ramos, a discussão girou em torno da necessidade de rever, reinventar e ressignificar a presença e atuação performativa da luz nos espetáculos à distância em tempos de isolamento e realizações virtuais e midiatizadas. Partindo dos textos disparadores “Como viver junto. Simulações romanescas de alguns espaços cotidianos” de Roland Barthes e “O ar e os sonhos” de Gaston Bachelard, complementados por suas próprias pesquisas individuais: a performatividade da luz, a luz como linguagem e a mimesis performativa, os três debatedores devanearam a respeito dos efeitos da luz sobre o espectador em relação no teatro praticado e realizado na atualidade das artes cênicas e midiáticas. Este artigo em específico confronta minhas próprias reflexões às dos meus convidados tendo como principal pressuposto a pesquisa doutoral recentemente defendida a respeito da iluminação como elemento de conexão e interação entre o espectador e a cena.