Descrição
O presente trabalho articula o legado do minimalismo e da pop art norte americana das décadas de 60 e 70 com o uso da repetição na poética do artista plástico Carlos Contente no Rio de Janeiro das duas primeiras décadas do século XXI. Em um tom ficcional o autor retorna seu olhar às influências diretas de sua época de formação - o graffiti,a pichação, a stencil art em paralelo da arte Pop e a arte minimalista, tão cultuada por seus professores - referindo-se à si mesmo mais jovem pelo nome de Duplo e sua fase mais independente por Odradek. Percorre os primeiros anos de sua carreira, a fase na qual o artista começa a lançar mão do uso do estêncil para reproduzir sua carinha, ou auto-retrato pelos muros da capital fluminense, ou ocupar as paredes dos corredores universitários com desenhos feitos à mão, acompanhados do mesmo signo, agora reproduzido por um carimbo. O autor observa que este procedimento foi um reprocessamento tanto das práticas de serigrafia de Andy Warhol tanto quanto de uma leitura bem particular de um minimalismo sujo de algumas pesquisas de Richard Serra, como a do seu filme Mão agarrando chumbo ou da sua Peça Moldada vistas e lidas a partir das páginas fotocopiadas do texto de Rosalind Krauss, O duplo negativo. O texto avança e o artista vai deixando para trás a insistência na repetição pura e dura de carinhas e deixa-se perder nos desvios produzidos no interior da sua sequência; na criação de estórias muitas vezes bem humoradas, ora sarcásticas, que articulam uma cultura de história em quadrinhos e história da arte, onde as personagens desenhadas, com traço simultaneamente delicado e bizarro, em corpos absurdos, revelam os pensamentos do artista quanto a valores institucionalizados, na política ou na arte, como se estes sim fossem muito loucos. O último capítulo é um trabalho de desenhos, textos manuscritos e colagens onde o autor, através de seus alter egos carimbados retorna o olhar sobre sua própria obra, prestes a entrar em um looping infinito||Este trabajo articula el legado del minimalismo y del arte pop norteamericano de los años 60 y 70 con el uso de la repetición en la poetica del artista plástico Carlos Contente en Río de Janeiro desde las dos primeras décadas del siglo XXI. En un tono ficticio, el autor regresa su mirada a las influencias directas de su formaccion: graffiti, stencil art paralelamente del arte pop y del arte minimal tan venerados por sus maestros, refiriéndose a sí mismo más joven por el nombre de Duplo y su fase más independiente de Odradek. Atraviesa los primeros años de su carrera, la fase en la que el artista comienza a usar la plantilla para reproducir su rostro, una carita simplificada o autorretrato, sobre las paredes de la metrópolis brasileña, u ocupa las paredes de los pasillos de la universidad con dibujos hechos a mano, acompañado por el mismo signo, ahora reproducido por un sello. El autor señala que este procedimiento fue un reprocesamiento de las prácticas de serigrafía de Andy Warhol, así como una lectura muy particular de un minimalismo "sucio" de algunas obras de Richard Serra, como su película Hand catching lead su Molded Piece. visto y leído en las páginas fotocopiadas del texto de Rosalind Krauss, The Negative Double. El texto continúa y el artista deja atrás la insistencia en la repetición pura y dura de las caritas y se pierde en las desviaciones producidas dentro de su secuencia; en la creación de historias a menudo humorísticas, a veces sarcásticas, que articulan una cultura de historietas e historia del arte, donde los personajes dibujados con trazos simultáneamente delicados y extraños, en cuerpos absurdos, revelan los pensamientos del artista sobre los valores institucionalizados, en política o arte, como si estos si, estuvieran muy locos. El último capítulo es una obra de dibujos, manuscritos y collages donde el autor, a través de sus alter egos estampados, regresa su mirada a su propio trabajo, a punto de entrar en un looping infinito||Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
