Descrição
The analysis of the configurations of the current Kaingang territory shows that the last two centuries have had different consequences for changes in the ancestral landscape, inaugurating a series of controversies due to its traditional use and occupation, which are supported by the logic of the Great Divider. Ethnography allows us to perceive that this historical process is translated from the shamanic perspective of the territory, situating the various socio-spatial arrangements resulting from it in terms of its cosmopolitics. This perspective articulates the constitution of the local group with forms of sociability based on reciprocity, as we see in the importance attributed to exogamic halves, in such a way that it constitutes a privileged point of view in the relation to otherness, notably, when interacting with cities and the powers from the white people world.||El análisis de las configuraciones del actual territorio Kaingang muestra que los dos últimos siglos tuvieron diferentes consecuencias para los cambios en el paisaje ancestral, inaugurando una serie de controversias por su uso y ocupación tradicional, que se sustentan en la lógica del Gran Divisor. La etnografía nos permite percibir que este proceso histórico se traduce desde la perspectiva chamánica del territorio, situando los diversos arreglos socioespaciales resultantes de él en términos de su cosmopolítica. Esta perspectiva articula la constitución del grupo local con formas de sociabilidad basadas en la reciprocidad, como vemos en la importancia atribuida a las mitades exogámicas, de tal manera que constituye un punto de vista privilegiado en relación a la alteridad, especialmente al interactuar con las ciudades y los poderes del mundo blanco.||A análise das configurações do território atual kaingang demonstra que os dois últimos séculos tiveram conseqüências diversas para transformações na paisagem ancestral, inaugurando uma série de controvérsias em virtude do seu uso e ocupação tradicional, que se sustentam pela lógica do Grande Divisor. A etnografia permite perceber que este processo histórico é traduzido a partir da perspectiva xamânica do território, situando os diversos arranjos socioespaciais daí decorrentes em termos de sua cosmopolitica. Esta perspectiva articula a constituição do grupo local com formas de sociabilidade baseadas na reciprocidade, como vemos na importância atribuída às metades exogâmicas, de tal modo que se constitui como um ponto de vista privilegiado na relação com a alteridade, notadamente, quando interagem com as cidades e os poderes provenientes do mundo do branco.