Descrição
Este artigo se propõe a analisar a estratégia do jornal Extra, do Rio de Janeiro, ao criar a editoria “Guerra do Rio” para classificar as notícias relacionadas à violência urbana na capital fluminense. Utilizamos como aporte teórico o conceito de (dis)função narcotizante da mídia apontada por Merton e Lazarsfeld (2000), um quadro característico dos jornais populares em que política, economia e variedades se misturam num pacote de entretenimento e informação e, ainda, num cenário de banalização da violência, apontado por autores como Chauí (1999) e de transformações da política na era de comunicação de massa, indicado por Gomes (2004). Utilizamos, como metodologia, análise de discurso da reportagem principal publicada na data da criação da editoria, bem como de cinco capas do jornal com o termo “guerra”, quatro antes e uma depois do surgimento da editoria.