Descrição
No presente artigo, rediscute-se a imagem da África romana construída pela historiografia. Baseando-se numa lógica logocêntrica ancorada nas representações elaboradas por diversos autores grecolatinos, os historiadores tenderam a ora ressaltar as influências latinas sobre os povos “bárbaros” da região, ora enaltecer a resistência autóctone às invasões estrangeiras. Contrapondo-se a esta visão dicotômica, as recentes investigações históricas e arqueológicas demonstram o poder de agência dos diferentes grupos étnicos locais em contato com os afluxos culturais e materiais romanos, fato que é evidenciado nas escavações realizadas tanto no Fazzan quanto em Ghirza.