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From the crisis of representation to the reconsideration of mímesis: refractions of brazilian dictatorship in Zero and A festa||Da crise da representação à reconsideração da mímesis: refrações da ditadura militar em Zero e A festa
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Metadados
Descrição
When Zero (1975, Ignácio de Loyola Brandão) and A festa (1976, Ivan Ângelo) were published, they had a great repercussion, figuring among the lists of bestselling novels of that time because of their thematic and form. The way they became known as “dictatorship novels” consolidated a direct relationship between their text and the context from which they emerged. The interrelation connecting literature, reality, truth, subject, mimesis, and fiction has always been highly estimated. This interrelation has developed itself, over time, inside a Western thought paradigm – which was cemented, not without variations – essentially metaphysical or substantialist and which went into crisis at the turn of the 20th century. Here our hypothesis is that Zero and A festa, before being considered “1964 Brazilian dictatorship novels”, are legatees of such crisis from the end of the 19th century. It means that both novels have an indirect relation with the reality they evoke. We propose this hypothesis through the contextualization of concepts as “The Crisis of Representation” (PELLEGRINI, 2007; 2009) and the “Reconsideration of Mimesis” (LIMA, 2014). Zero and A festa are, therefore, novels that emerged from the Brazilian dictatorship conjuncture and which have had their form intensified by it, having a previous origin.||Quando publicados, Zero, de Ignácio de Loyola Brandão, publicado em 1975, e A festa de Ivan Ângelo, publicado em 1976, foram obras de grande repercussão, figurando entre as listas de romances mais vendidos, em razão da temática e da forma. Ficaram conhecidos como romances “da ditadura militar”, o que acabou travando uma ligação direta entre texto e contexto de que emergiram. Sempre fora cara a relação entre “literatura”, “realidade”, “verdade”, “sujeito”, “mímesis” e “ficção”. Esse relacionamento se transformou, ao longo do tempo, dentro de um paradigma do pensamento ocidental – que foi se consolidando, com variações – essencialmente metafísico ou substancialista e que entra em crise na virada para o século XX. Aqui tomamos por hipótese que Zero e A festa, antes de serem romances “da ditadura militar brasileira de 1964”, são legatários de tal crise do final do século XIX. Isso significa que ambos possuem outra relação, indireta, com o real que evocam. Propomos essa hipótese por meio da contextualização dos conceitos de “Crise da Representação” (PELLEGRINI, 2007; 2009) e de Reconsideração da mímesis (LIMA, 2014). Zero e A festa são romances emersos da conjuntura ditatorial e possuem sua forma intensificada por ela, mas de origem anterior.
Periódico
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Mello, Júlia de
Data
21 de outubro de 2020
Formato
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2020 ITINERÁRIOS – Revista de Literatura
Fonte
ITINERÁRIOS – Revue de Littérature; n. 50, 2020 | ITINERÁRIOS – Revista de Literatura; n. 50, 2020 | 0103-815X
Assuntos
Post-dictatorship Novel | Zero | A festa | Crisis of Representation | Mímesis | Romance pós-64 | Zero | A festa | Crise da Representação | Mímesis
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion