Descrição
In this article, a theoretical tour is sought on the subject of “dead leaves” in the work of Portuguese writer Jaime Rocha. To do so, the concept of “ruin” is used. In the books Lâmina (2014) and Necrophilia (2010), Jaime Rocha’s poetry addresses the theme of death, in which the word produced by its poetic dimension can be read as a “decomposition”, exploring the fragment and the work as a kind of decay. It is a contemporary poetry with a certain ancient character. In this specific style of the author, the metaphorical place of death always occurs at a time prior to biopolitical control over life and death.||Em suma, traça-se um excursionismo teórico pela temática das “folhas mortas” do escritor português Jaime Rocha. Para tal, toma-se o conceito tanto clássico quanto pós-moderno de ruína. Em Lâmina e em Necrophilia, a poesia de Jaime Rocha alude à temática da morte e, assim, a palavra, como composição lírica, é, em verdade, “de-composição”, tendendo ao fragmento e à obra como espécie de decadência composicional. Evidencia-se uma poesia contemporânea com caráter antigo. O cenário poético da morte, em Jaime Rocha, reenvia sempre a um tempo precedente ao controle sobre a vida e a morte atuado pelo mecanismo da biopolítica.