Descrição
Este artigo tem como objetivo realizar um levantamento de quantas pessoas em livramento condicional efetivamente trabalham em ocupações nas áreas dos cursos técnicos ou profissionalizantes que haviam feito na prisão, a fim de compreender se os cursos realizados realmente fornecem perspectivas futuras aos egressos do sistema prisional. Sabe-se que a inserção do ex-detento no mercado de trabalho é marcada por sérias dificuldades e desafios relacionados aos estigmas que sofrem em decorrência da condenação a um crime. A implantação de assistência educacional dentro dos cárceres surge como estratégia para tornar os sujeitos mais capacitados para o mercado de trabalho e, consequentemente, para a vida de volta na sociedade. Em linhas gerais, foi verificado que a realização de cursos profissionalizantes forneceu perspectivas de trabalho na área destes cursos apenas para uma minoria dos sujeitos, sendo o aproveitamento direto significativamente menor para as mulheres.