Descrição
O presente artigo visa analisar as operações estéticas e narrativas envolvidas no processo de materialização mobilizado pela direção de arte na construção do espaço cênico e caracterização dos personagens Zama (Daniel Giménez Cacho) e Joaquim (Julio Machado) nos filmes homônimos a esses personagens, lançados em 2017 e dirigidos por Lucrecia Martel e Marcelo Gomes, respectivamente. Por retratarem representantes das Coroas Espanhola e Portuguesa nascidos na colônia os filmes apresentam jogos de construção indentitária de seus protagonistas no limite entre a afirmação da distinção do colonizador e suas próprias experiências materiais em território colonial, expressos através de sistemas significantes visuais operados pelos figurinos e caracterização de personagens, ambientação e objetos de cena.