Descrição
O objetivo é discutir os desafios das artes de governo e das tecnologias de si à função-educador. A possível acusação de impotência diante das relações microfísicas de poder levou Foucault à elaboração da noção de governo dos homens e a traçar uma história das práticas de subjetivação do Ocidente. Na escola moderna é possível observar a imbricação dessas artes de governo e das técnicas de si desde o início de sua emergência, no século XVIII, de um lado, como mecanismo de disciplinarização dos corpos para torná-los dóceis e úteis ao trabalho fabril, e de outro lado, como tecnologia de produção de sujeitos que governam a si mesmo, dirimindo assim, as possibilidades de revoltas e sublevações à ordem instituída. Considera-se, pois que o dilema do educador só pode se resolver quando por ocasião das liberações houver também investimento ético nas práticas de si.