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Orlando and Utopia as Aporia: Body, Gender, Fiction||Orlando e a Utopia como Aporia: Corpo, Gênero, Ficção
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Metadados
Descrição
This texts stems from the realisation of an aporia: the utopic is the bearer of a tyrannical imposition of a projected idealness, which is nothing short of the perverse facet of utopia. To us, the ideological arsenal contrary to the unpredicatibility of gender modulations finds in Orlando, by Virginia Woolf (1882-1941), published in 1928, the symptomal investigative sign which gravitates around the complexities pertaining to gender issues, which is to us the most central question in contemporary thought. Historically, the constitution of gender is tantamount to an idealised non-place ”“ u-topos- in which the anatomic sex serves the reproductive regime responsible for the maintenance of an eden both marked and ruptured by the binary division of the sexes. The discursive naturalisation of biological sex provides the support of the logophonocentric architecture of binarismo. The attempt herein is to demonstrate how gender and signifying structures are interwoven in a field characterised by the ressonances and tensions of political, aesthetic and existencial contours. Gender is therefore the object of incessant fabulation and thus the privileged locus of the most radical and unsettling poiesis.||Parte-se aqui da constatação de uma aporia: o utópico comporta em si a potência mesma da imposição tirânica de uma idealidade projetada, que em tudo se assemelharia à face perversa da utopia. Em nosso entender, todo o arsenal ideológico contrário à imprevisibilidade das modulações do gênero encontra em Orlando, de Virginia Woolf (1882-1941), publicado em 1928, o motivo sintomal de um aceno investigativo em torno das complexidades envolvidas na espinhosa questão do gênero, para nós, a mais central questão da filosofia contemporânea. Historicamente, o gênero acaba por constituir-se à maneira de um não- lugar ”“ u-topos- ideal em que o sexo anatômico serve ao cáculo reprodutivo responsável pela perpetuação de um éden a um só tempo marcado e rompido pela divisão binária dos sexos. A naturalização discursiva do sexo biológico provê a sustentação da espinha dorsal do binarismo logofonocêntrico. Neste texto, intenta-se demonstrar como gênero e estruturas de significação imbricam-se em um campo caracterizado por reverberações e tensões de teor político, estético e existencial. O gênero é, portanto, objeto de incessante fabulação e assim o locus privilegiado da mais radical e desestabilizadora poiesis.
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
Vieira, Marco Antonio
Data
17 de janeiro de 2020
Formato
Identificador
https://periodicos.unb.br/index.php/revistavis/article/view/27412 | 10.26512/vis.v18i2.27412
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2019 Revista VIS: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte
Fonte
Revista VIS: Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais; v. 18 n. 2 (2019): Imagem e Utopia; 140-157 | 2447-2484 | 1518-5494 | 10.26512/vis.v18i2
Assuntos
Gênero; Corpo; Ficção; Teoria e História da Arte; Virginia Woolf | Gender; Body; Fiction; Art Theory and History; Virginia Woolf
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Artigo de convidado