Descrição
This article derives from a research carried out with 80 subjects, in two male prisons in Rio de Janeiro, with the objective of identifying social representations of resocialization through education. We present aspects related to the perception of the school and to a social representation that emerged in the analysis of the collected data: that of “framework”, a series of attitudes and thoughts that allow survival inside the prison. We conclude by stating three imperative needs: the construction of a concept of prison education not as a benefit, but as a citizen right; material and human investment in educational spaces located in a prison environment; and the existence of a real school of resocialization. This school cannot be represented as derived from the “framework” of prisoners, but act for the outside world and promote the creation of support networks in the context “outside the walls”, also contemplating the families of prisoners.||Este artigo deriva de pesquisa realizada com 80 sujeitos, em dois presídios masculinos do Rio de Janeiro, com o objetivo de identificar representações sociais da ressocialização por meio da educação. Apresentamos aspectos relacionados à percepção da escola e a uma representação social que emergiu na análise dos dados coletados: a de “enquadramento”, uma série de atitudes e pensamentos que permitem a sobrevivência no interior do presídio. Concluímos afirmando três necessidades imperativas: a construção de uma concepção de educação prisional não como benesse, mas como direito cidadão; o investimento material e humano nos espaços educativos situados em ambiente prisional; e a existência de uma verdadeira escola de ressocialização. Esta escola não pode ser representada como derivada do “enquadramento” dos presidiários, mas atuar para o mundo externo e promover a constituição de redes de apoio no contexto “extra muros”, contemplando também as famílias dos presidiários.