Descrição
Nesse artigo enfatizo as principais questões que se discutiram no 1º Seminário Negro (2017) organizado pelo Coletivo Marlene Cunha (composto por quinze alunes negres do curso de Pós graduação em antropologia social do Museu Nacional) que teve como uma das principais pautas o tema: racismo, produção do conhecimento e academia. Mas, particularmente, irei expor as tensões sobre a minha experiência de trabalho de campo em Havana, colocando em questão temas que diz respeito não só ao curriculum do curso de antropologia e como esse “curriculum” oblitera um caminho possível para construção de um espaço acadêmico “mais inclusivo”, como também temas relacionados à metodologia de pesquisa antropológica e a política de trabalho de campo. Trago esse artigo como uma ponte dos debates e reflexões produzidos no 1º Seminário Negro do Coletivo Marlene Cunha, reconhecendo a importância de discutirmos permanentemente esses e outros temas pertinentes a entrada de alunes negres e indígenas nas universidades públicas, em particular, no curso de antropologia.