Descrição
A partir de casos emblemáticos ocorridos no Amazonas, em famílias com trânsito entre o rural e o urbano, percebemos uma tensão recorrente entre consanguinidade e afinidade, a partir de atos sexuais entre adultos e crianças com vínculos de parentesco, classificados em contextos de punição como “abusos sexuais”, nos eixos de relação “avô-neto/a” e “padrasto-enteado/a. Desse contexto etnográfico, propomos analisar trocas de fluidos (sangue, sêmen) entre adultos e crianças, a partir da diferença do status de parentesco, das vítimas em relação aos agressores, refletindo sobre (1) o que aproxima e distancia parentes e (2) como tais atos produzem um novo status nos vínculos de parentesco.