Descrição
Nossa época confunde interpretar com analisar. Sob pressão da construção técnicocientífica do real, marcadamente subjetivista, o homem crê poder dizer a verdade das coisas analisando-as com teorias prévias ao manifestar do fenômeno. Tal modo de conceber a interpretação, quando se trata de obras de arte, impede-as de se desvelarem como portadoras de questões de que se dirigem ao homem no seu modo próprio de ser e se realizar. Procurando contornar os ditames do subjetivismo, o presente artigo resgata a reflexão sobre o que é um interpretar verdadeiramente livre, que se manifesta como obediência às questões postas em obra pela arte.