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Território, Estratégias De Territorialidade E Nacionalismo: O Diálogo Entre Dois Textos Que Qodem Ser Complementares
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Metadados
Descrição
Entre o texto Território e Identidade. A Construção da Angola Colonial (c.1873 – c.1926), de autoria da historiadora Isabel Castro Henriques, e o trabalho do geógrafo Jan Penrose em Nações, estados e pátrias: território e territorialidade no pensamento nacionalista é possível estabelecer um diálogo profícuo para o estudo da colonização europeia em África, da construção de territórios e implementação de estratégias de territorialidade e do pensamento nacionalista.No estudo de Isabel Castro Henriques, é explicado o papel central da destruição dos territórios africanos como pré-requisito para a construção do edifício colonial; o artigo de Jan Penrose pode funcionar como uma tese complementar no sentido em que afirma a importância do território para o nacionalismo. “(...) o nacionalismo é um fenômeno profundamente territorial e inimaginável sem a aplicação da territorialidade humana ao espaço” (PENROSE, 2002, p. 294). No caso africano, a reivindicação nacional baseou-se – numa aparente contradição – em territórios construídos pelos colonizadores. Portanto, ao contrário dos europeus, que destruíram os territórios africanos para poderem erguer e afirmar o território colonial, os africanos aproveitaram-se do território colonial para construir a ideologia nacionalista – firmemente alicerçada, como defende o geógrafo, na territorialidade –, expulsar os europeus e conquistar a independência destes mesmos territórios. No “diálogo” entre os dois textos, poderíamos ainda apontar uma das possíveis explicações, encontrada no texto da historiadora portuguesa, para a viabilidade deste ideal nacionalista fixar-se num espaço territorial construído pelo colonizador: “Sem os seus territórios, os africanos procuram preservar os valores fundamentais da sua identidade, mesmo se ‘prisioneiros’ de etnias ‘fabricadas’, de espaços controlados, de hierarquias discriminatórias, de formas culturais e materiais impostas pela força” (HENRIQUES, 2004, p. 47). Desta forma, a “territorialidade”, compreendida como uma “estratégia territorial” (PENROSE, 2002, p. 293), não teria sido uma exclusividade do colonizador, mas fora utilizada, numa espécie de contrapoder latente, pelos povos dominados.
Colaboradores
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Abrangência
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Autor
PORTELLA, Cristina
Data
24 de julho de 2019
Formato
Identificador
https://periodicos.uff.br/enfil/article/view/29473 | 10.1234/enfil.v0i10.29473
Idioma
Editor
Direitos autorais
DADO AUSENTE NO PROVEDOR
Fonte
Revista Enfil; v. 7 n. 10 (2019): ESTUDOS DO CADERNO 13º DE GRAMSCI; 8 | 2317-6628 | 2317-6628
Assuntos
Educação | Filosofia | História | Ciências Sociais | Educação Popular
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion