Descrição
No século XVI, as produções artísticas e gastronômicas instauraram um intenso e profícuo diálogo concretizado nas produções híbridas alimentares. Estes artefatos produzidos a partir de enxertos “grotescos” revelavam a construção de um mundo artificial híbrido que transmutava a cozinha em espaço interativo transterritorial, localizado entre o Ateliê do imaginário e o laboratório alquímico. Neste contexto, a atuação transdisciplinar do cozinheiro apontava para múltiplos papeis que conectavam as diversas possibilidades de construção poética com o processo de criação e apreciação de corpos híbridos comestíveis, proto-cíbridos digeríveis, testemunhas contemporâneas de processos tecnológicos anacrônicos que ainda habitam nossa vivência.