Descrição
O presente artigo visa compreender como os diferentes modelos de distribuição que se estabeleceram com base na circulação dos trabalhos do pintor naif Chico da Silva, e os que lhe foram atribuídos, no circuito estruturado de galerias privadas e no comércio alternativo e indiferenciado de pintura incidiram sobre a elaboração de valorações simbólicas e econômicas do artista e de suas obras. Considerando o estado de emergência da base mercadológica da capital cearense, se analisa como a inserção das composições em arranjos comerciais diferenciados em termos de amplitude de oferta, prática de preços e heterogeneidade de agentes instituem modos de apreciação e consumo distintos, que reconhecem ou não a concepção da obra como extensão da individualidade criadora.