Descrição
This article intends to discuss the use, in texts produced by black women writers, of natural elements that refer to women's resistance to the exclusionary realities and their capacity to act in the construction and transformation of society. For this, the tale Quem manda aqui? Will be analyzed in the book As andorinhas (2013a), written by the Mozambican Paulina Chiziane, and Sabela, by the Brazilian writer Conceição Evaristo, a novel published in Histórias de leves enganos e parecenças (2016). The study proposed here highlights the symbology of female and black resistance that Chiziane's swallows and the waters-reminders of Conceição Evaristo evoke, helping to understand their literary project. In this sense, the reading of the works and the revision of the bibliography that she gave were guided by the studies of Maria Nazareth Fonseca (2014), Francisco Noa (2019), Pierre Bourdieu (2012), Assunção Silva (2016), Ana Mafalda Leite (2003), Carmem Lúcia Tindó Secco e Cláudia Medeiros (2014), Mircea Eliade (1979) and Alfredo Bosi (1977).||O presente artigo trata da utilização, em textos produzidos por escritoras negras, de elementos naturais que remetem à resistência das mulheres às realidades excludentes e à capacidade delas para atuar na construção e transformação da sociedade. Para tanto, serão analisados o conto Quem manda aqui?, do livro As andorinhas (2013a), escrito pela moçambicana Paulina Chiziane, e Sabela, da escritora brasileira Conceição Evaristo, novela publicada no livro Histórias de leves enganos e parecenças (2016). O estudo aqui proposto põe em evidência a simbologia de resistência feminina e negra que as andorinhas de Chiziane e as águas-lembranças de Conceição Evaristo evocam, ajudando a compreender o projeto literário de ambas. Nesse sentido, a leitura das obras e a revisão de bibliografia que se realizou foram orientadas pelos estudos de Maria Nazareth Fonseca (2014), Francisco Noa (2019), Pierre Bourdieu (2012), Assunção Silva (2016), Ana Mafalda Leite (2003), Carmem Lúcia Tindó Secco e Cláudia Medeiros (2014), Mircea Eliade (1979) e Alfredo Bosi (1977).