Descrição
As assim chamadas “metodologias participativas e ativas de ensino”, uma das principais vertentes do ensino contemporâneo, defendem a centralidade do papel (pró)ativo do aprendente na arquitetura do seu processo de aprendizagem. Ao defender que a aprendizagem transcorra em tempo e contextos reais, próximos à circunstancialidade dos sujeitos, incorporando um alto nível de motivação e de engajamento pessoal, essas metodologias vêm sendo consideradas como as mais favoráveis para discutir e enfrentar os desafios da vida profissional, social e pessoal dos aprendentes. São inúmeros os estudos presentemente realizados no campo das metodologias ativas.Contudo, direcionam-se, majoritariamente, para a aplicação dessas metodologias em determinados contextos de aprendizagem, nos parecendo existir uma lacuna na discussão dos seus princípios e bases gerais. Assim, o presente artigo propõe-se colaborar para essa discussão, elaborando uma tessitura das principais definições dessas metodologias, os princípios epistemológicos que se encontram subjacentes, bem como suas limitações, potenciais e vertentes mais atuais. Metodologicamente, trata-se de uma síntese conceitual de literatura, realizada a partir de documentos de referência no campo das metodologias ativas e participativas, em especial considerando aqueles que analisam o emprego dessas metodologias no ensino de adultos e na formação profissional. Como resultados, argumentamos que as metodologias ativas e participativas podem colaborar para qualificar o ensino de adultos e a formação profissional, desde que não se restrinjam a instrumentalizar o processo formativo, organizando-se para desenvolver uma aprendizagem significativamente profunda, tanto em termos de compreensão, como de desenvolvimento de habilidades e de engajamento com a valorização da vida pessoal e comunitária.
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Las llamadas "metodologías participativas y activas de enseñanza", una de las principales vertientes de la enseñanza contemporánea, defienden la centralidad del papel (pro)activo del alumno en la arquitectura de su aprendizaje. Al defender que el aprendizaje transcurra en tiempo y contextos reales, próximos a la circunstancialidad de los sujetos, incorporando un alto nivel de motivación y de compromiso personal, esas metodologías se han considerado como las más favorables para discutir y enfrentar los desafíos de la vida profesional, social y personal de los aprendices. Son innumerables los estudios que actualmente se realizan sobre las metodologías activas, sin embargo mayoritariamente enfocadas a su aplicación en determinados contextos de aprendizaje. Nos parece haber una brecha en la discusión de sus principios y bases generales. Así, este artículo pretende colaborar para esa discusión, elaborando una tesitura de las principales definiciones de esas metodologías, los principios epistemológicos subyacentes, sus limitaciones, potenciales y vertientes más actuales. Metodológicamente, es una síntesis conceptual de literatura, realizada a partir de documentos de referencia en el campo de las metodologías activas y participativas, en especial considerando aquellos que analizan el empleo de esas metodologías en la enseñanza de adultos y formación profesional. Como resultados, argumentamos que esas metodologías pueden colaborar para calificar la enseñanza de adultos y la formación profesional, siempre que no se restrinjan a instrumentalizar el proceso formativo, organizándose para desarrollar un aprendizaje significativamente profundo en términos de comprensión, de desarrollo de habilidades y de compromiso con la valorización de la vida personal y comunitaria.
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The so-called "participatory and active teaching methodologies", one of the main approaches of contemporary teaching, defend the centrality of the learner’s (pro) active role in the architecture of his/her learning process. Advocating that learning takes place in actual time and real contexts, close to the circumstantiality of the subjects, incorporating a high level of motivation and personal engagement, these methodologies are considered as the most favorable to discuss and deal with the professional, social and personal challenges that learners face. There are many studies that are currently carried out in the field of active methodologies. However, they are mainly directed to the application of these methodologies in certain learning contexts, and there seems to be a gap in the discussion of its general principles and bases. Thus, the objective of this article is to collaborate for this discussion, elaborating a framework of the main definitions of these methodologies, the underlying epistemological principles, as well as their limitations, potentialities and more recent perspectives. Methodologically, this is a conceptual synthesis of literature, based on reference documents in the field, especially considering those who analyze the use of these methodologies in adult education and vocational training. As a result, we argue that active and participative methodologies can collaborate to qualify adult education and professional training, whereas they are not restricted to instrumentalize the formative process, but organized to promote deep learning both in terms of understanding, and on the development of skills and engagement with the value of personal and community’s life.
