Descrição
O conteúdo deste artigo faz parte da pesquisa de doutorado em música realizada pela autora e apresenta um breve panorama histórico sobre os apontamentos a respeito da atuação cênica dos cantores líricos nos espetáculos de ópera realizados por determinada geração de autores que estabeleceram as bases propulsoras dos trabalhos realizados nos tempos atuais. Esse panorama tem como objetivo trazer uma compreensão mais aprofundada sobre as bases que fundamentaram e consolidaram esse tipo de atuação cênica. George Shea e Bennet Challis fornecem informações sobre o estilo de atuação cênica convencionada e considerada estereotipada nos dias atuais, advindo da interpretação teatral vigente no século XIX, e que é possível de ser compreendido através do tratado de Gilbert Austin e do sistema de expressão de Delsarte descrito por Genevieve Stebbins. No início do século XX, Constantin Stanislavski estabelece um novo modo de atuação cênica baseado na verdade cênica e justificação do papel. Devido à importância que esse teórico teve no estabelecimento de um ideal de atuação cênica que perdura até os tempos atuais, apresentam-se aqui brevemente os seus princípios e método descritos na literatura do autor, e então, como foram transportados para o âmbito da cena lírica, presentes no relato de Pavel Rumyantsev.