Descrição
A frase que nomina este artigo foi proferida pela líder quilombola Srª. Maria Valéria Carneiro em resposta a um questionamento sobre a invisibilidade do tema ‘saúde’ no âmbito do movimento quilombola no estado do Pará. O território tem centralidade nos debates, pois dele se extrai e nele é cultivada boa parte dos alimentos consumidos localmente; é o lugar do trabalho, mas também do lazer; onde são cultivadas, mas também extraídas plantas para uso terapêutico. O território é palco de divergências, mas também de confluências; de reprodução física e sociocultural; de conflitos, mas também de curas e de solidariedades. Sendo assim, o artigo objetiva apresentar duas das várias dimensões observadas em territórios quilombolas marajoaras, que fazem deles lugares de conflito, mas também de interações, produção de saúde-doença e de reciprocidade.Palavras-chave: territórios quilombolas; conflitos; interações; produção de saúde-doença; reciprocidades.