Descrição
Em muitos textos de Elfriede Jelinek, a ausência de amor representa uma característica central na interação das personagens. Isso vale especialmente para o seu romance Die Klavierspielerin (A Pianista), cujo enredo trata do triângulo formado por mãe, filha e um jovem aluno que negociam signos de amor, em busca de uma narrativa de identidade em consonância com seus valores e projetos pessoais. Para refletir sobre essa questão o presente artigo está dividido em duas partes. Primeiramente, discutem-se algumas ideias sobre o conceito de amor, a fim de estabelecer uma base teórica – sem ambicionar uma definição exaustiva – que permita analisar esse discurso no texto ficcional. Na segunda parte, a análise foca no texto literário com o objetivo de compreender a dinâmica do amor materno (2), do corpo ao mesmo tempo rebelde e domesticado (3), a busca por espaços íntimos não controlados (4) e, por fim, a imaginação do futuro como elemento do amor (5).