Descrição
Este artigo objetiva verificar as escolhas profissionais realizadas por mulheres em cursos técnicos de nível médio, procurando compreender a influência da divisão sexual do trabalho em suas escolhas. Para isso, procurou-se por meio do mapeamento das matrículas realizadas em uma escola de educação profissional pública no período de 2011 a 2015, verificar as escolhas profissionais femininas, problematizando os resultados com as discussões teóricas sobre a divisão sexual do trabalho. A análise dos resultados evidenciou que a escolha profissional pode estar relacionada à condição sexista do trabalho, fruto de relações históricas patriarcais. Também foi possível concluir que os cursos com organização curricular integrada ao Ensino Médio são um avanço na superação dos processos duais entre formação geral e técnica, contribuindo para a inserção feminina em cursos entendidos socialmente como masculinos.