Descrição
Espaço cultural identificado à prática e fomento da música de concerto brasileira, o Instituto Nacional de Música nas primeiras décadas do século XX, abrigou excepcionalmente em sua agenda recitais em que foram apresentadas obras e artistas de destaque no ambiente da música popular urbana. A legitimação da presença da “canção típica” acompanhada ao violão, deveu-se ao engajamento desses músicos na principal discussão que fomentou a cultura do período, qual seja, a valorização de uma arte “verdadeiramente” brasileira. Neste artigo, procuramos evidenciar as estratégias subjacentes à difusão deste repertório, através do olhar para a atuação de importantes intelectuais e ainda para as apresentações realizadas por tres grandes artistas nos salões do Instituto: Catulo Cearense, Ernesto Nazareth e Olga Praguer Coelho.