Descrição
This article proposes to explore the myth of Exu and the Brazilian anthropophagous imaginary in its indigenous conceptions in order to extract an epistemological proposal for the communication that starts from an Afro - Brazilian cannibal metaphysics. After studying the myth of "Exu eats everything" and the indigenous interpretation of the phenomenon of anthropophagy, we re-read the Modernist Anthropophagic Manifesto and, by approximation, we update it in Afro-Brazilian mythology. In approaching this reality through the bias of myth and imaginary, we propose to overcome the barriers of the western representations around the anthropophagy and to contribute to an understanding of this notion as of a digestive path that allows to be constructed through the other. In this way, we conclude that the myth of Exu, as androgynous cannibal, can allow to express the bases of a communicational episteme, Brazilian and contemporary.||El presente artículo propone explorar el mito de Exu y el imaginario antropófago brasileño en sus concepciones indígenas a fin de extraer una propuesta epistemológica para la comunicación que parta de una metafísica canibal afro-brasileña. Después de estudiar el mito de "Exu come todo", y la interpretación indígena del fenómeno de la antropofagia, hacemos una relectura del Manifiesto Antropófago modernista y, por aproximación, lo actualizamos en la mitología afro-brasileña. Al abordar esta realidad por el sesgo del mito y del imaginario, proponemos superar las barreras de las representaciones occidentales en torno a la antropofagia y contribuir a una comprensión de esta noción como un trayecto digestivo que permite construirse a través del otro.De esta forma, concluimos que el mito de Exu, mientras andrógino canibal, puede permitir expresar las bases de una episteme comunicacional propia, brasileña y contemporánea.||O presente artigo propõe explorar o mito de Exu e o imaginário antropófago brasileiro em suas concepções indígenas a fim de extrair uma proposta epistemológica para a comunicação que parta de uma metafísica canibal afro-brasileira. Após estudarmos o mito de “Exu come tudo”, e a interpretação indígena do fenômeno da antropofagia, fazemos uma releitura do Manifesto Antropófago modernista e, por aproximação, o atualizamos na mitologia afro-brasileira. Ao abordar essa realidade pelo viés do mito e do imaginário, propomos ultrapassar as barreiras das representações ocidentais em torno da antropofagia e contribuir para uma compreensão desta noção como a de um trajeto digestivo que permite construir-se através do outro. Desta forma, concluímos que o mito de Exu, enquanto andrógino canibal, pode permitir expressar as bases de uma episteme comunicacional própria, brasileira e contemporânea.