Descrição
Com consolidação tardia, a indústria brasileira de jogos digitais é constituída majoritariamente por empresas independentes, cujo processo produtivo é diretamente afetado por esta lógica. No tensionamento entre as grandes publicadoras de jogos digitais e os estúdios de desenvolvimento, o advento destas produtoras “indie” se transforma em uma alternativa ao processo de racionalização que suprime a criatividade em nome da estabilidade do retorno de investimento. Quando a subjetividade da demanda de um produto cultural influi na inovação de narrativas e mecânicas, uma cadeia produtiva com menos pressão de investimentos tem a possibilidade de promover rupturas com maior liberdade. Este artigo procura construir historicamente os motivos para a emergência de um cenário de produtoras independentes de jogos digitais no Brasil e refletir o impacto deste tipo de processo produtivo nos jogos gerados por elas.