Descrição
The “crisis” is a recurring theme in the works of historians, economists, biologists, geographers, sociologists, political scientists, environmentalists etc. This is due to the actuality of the phenomenon, in many dimensions: economic (with stagnant growth rates since 2008 in most Western countries), environmental (global warming), health (H1N1 epidemic, ebola, Zika etc.), securitarian (terrorism, organized crime), political (civil wars, revolutions, conflicts, migration) and even intellectual (History of the crisis, the crisis of science, etc.). A recurrence and a scope that put many problems surrounding the notion of crisis, its applicability and its limitations as an analytical tool. This applicability and these limits will be discussed in this article, throughout the food crises in the Middle Ages, especially in the Carolingian period, through the analysis of Capitular of Frankfort and Capitular of Nimègue, published during the reign of Charlemagne.||A “crise” é hoje um tema recorrente nas obras de historiadores, economistas, biólogos, geógrafos, sociólogos, politólogos, ambientalistas etc. Isso se deve, em primeiro lugar, à atualidade do fenômeno, seja em sua dimensão econômica (com a estagnação das taxas de crescimento desde 2008 na maior parte dos países ocidentais), ambiental (o aquecimento climático), sanitária (epidemias de H1N1, ebola, Zika etc.), securitária (terrorismo, crime organizado), política (guerras civis, revoluções, conflitos, migrações) e mesmo intelectual (crise da História, crise das Ciências, crise disciplinar). Uma recorrência e uma abrangência que colocam diversos problemas em torno da noção de crise, sua aplicabilidade e seus limites como instrumento analítico. Essa aplicabilidade e esses limites serão discutidos ao longo deste artigo, tendo como pano de fundo a questão das crises alimentares na Alta Idade Média, especialmente no período carolíngio.