Descrição
Nas sociedades indígenas os processos de educação da criança implicam reconhecimento de que não há como padronizarmos uma única compreensão de criança ou infância para todos os povos e comunidades. Articulando experiências distintas que se entrecruzam no texto, problematizamos a infância indígena e as perspectivas de escolarização que as atingem cada vez mais cedo. O diálogo é interdisciplinar e intercultural, tendo por referência Mato Grosso com a formação de professores indígenas e a formação de educadores em comunidades tradicionais, e a pesquisa atual com os Akwê-Xerente de Tocantins. A análise do campo se pauta nos processos de educação do corpo a partir da caça as Krenti (tanajuras), desvelando como a coletividade indígena assegura dinâmicas próprias para que as crianças, desde pequenas, possam se constituir com autonomia pautando-se em cosmovisões de futuro e educação específicas para responder as demandas de cada comunidade indígena.